Na Era da Informação, empreender requer a capacidade de absorver os múltiplos conhecimentos tecnológicos afim de manter-se constantemente sincronizados com o público-alvo e outras atividades. Uma prestadora de serviço de escala nacional como os Correios, e única no ramo de entregas brasileiro desde sempre, precisa dessa contínua atualização de seus serviços para estar mais próxima de seus consumidores.
Ser a única empresa no ramo exige um empenho muito grande em ofertar o melhor e continuar sendo a melhor. A previsão é que neste 2018 as encomendas superem as entregas de cartas, um prognóstico que há alguns anos vem se consolidando por causa do comércio virtual, cada vez mais presente no cotidiano. Essa adaptação ao universo do e-commerce faz com que os Correios tenham um fluxo muito grande de entregas.
A ferramenta de rastreio do objeto é anterior a este panorama e tornou-se muito útil tanto para remetente/destinatário quanto para a própria empresa, pois, de um lado, gera mais confiança do consumidor porque este pode acompanhar todas as etapas até o destino final, e, de outro lado, a empresa recebe o feedback positivo ou negativo. É uma ferramenta de fiscalização e de segurança para o consumidor.
Em janeiro de 2018, mês em que os Correios completaram 355 anos de existência no Brasil, um novo serviço para rastreio de produtos foi lançado pela empresa e surgiu com o objetivo de facilitar a vida dos usuários que buscam descobrir onde estão suas encomendas.
A novidade consiste em ser simples e tudo pode ser feito através da internet. Antes, para saber a quantas andavam o percurso de objetos enviados pelos Correios, era necessário que o usuário informasse o código do objeto ou o protocolo de envio. Agora, a nova ferramenta da estatal solicita apenas o número do CPF ou CNPJ para o rastreamento de encomendas.
O processo antigo de rastreio, que agora sai de cena, demandava tempo e dor de cabeça para aqueles que não sabiam como proceder com as informações antes solicitadas. A novidade traz um meio mais ágil de pesquisa e o rastreio se torna muito mais fácil para acompanhamento, já que os números do cadastro pessoal e/ou jurídico estão mais “frescos” na memória das pessoas ou mesmo ao alcance das mãos, como em documento de identidade.
A inserção deste utensílio de rastreio fomenta a praticidade em que se vê muito hoje na era digital, e isso fez com que os Correios buscassem melhorar cada vez mais a experiência de quem utiliza os serviços da empresa.
A inauguração do sistema, no entanto, ocorreu em meio à problemática que os Correios vêm enfrentando nos últimos cinco meses. Com a situação do atraso nas entregas de correspondência e mercadorias nacionais e importadas — dado entre os meses de novembro e dezembro de 2017 e agravado em janeiro de 2018 — e da greve realizada por funcionários que se prolonga desde meados de março, a estatal peca pelo não comprometimento de suas obrigatoriedades e sofre com uma enxurrada de reclamações registradas por vários usuários.
Embora os Correios tenham assegurado que a entrega de mercadorias e correspondências está regular em todo o Brasil, a empresa necessita urgentemente solucionar a gravidade de sua situação atual e reajustar a ordem de trabalho corporativo. Tal qual a informação de busca de encomendas por CPF/CNPJ tenha tido êxito em uma área mais atual do processo e que visou um auxílio bem moderno para seus clientes, foi nítida a observação de usuários que desaprovaram a notícia ressaltando o descaso com que os Correios têm prestado seus serviços ultimamente.
A proposta inovadora dos Correios visou uma tentativa de amenizar a desordem que se instaurou recentemente. Diante dos atrasos na entrega de produtos e da greve, explicada pela estatal ao argumentar falta de funcionários e redução de custos, o lançamento do serviço de rastreamento foi um pingo doce em um mar salgado de problemas.
Os Correios trabalham com visão na comodidade do usuário, e não impomos limites para que nossos serviços sejam cada dia mais aprimorados em favor de você, cliente. Pensando nisso, foi criado o Rastreio por CPF. O serviço garante a agilidade no rastreio de objetos durante o trajeto de entrega, entre cartas e encomendas, pelo destinatário e/ou do remetente. Podendo ser utilizado também por pessoas jurídicas que utilizam do CNPJ, o contratempo de precisar anotar e salvar o código de cada produto para acompanhar todo o percurso, é reformulado neste ano de 2018 e apresenta aos clientes dos Correios organização e flexibilidade.
O funcionamento ocorre do seguinte modo:
Ao passo que vêm se modernizando e se adequando às novas premissas tecnológicas, sociais e econômicas, os Correios, aos meados de seus 355 anos de serviço postal no Brasil, lançam estratégias para facilitar a vida de seus usuários, como a ferramenta de consulta de encomendas à partir do CPF ou CNPJ. O que para muitos significa mais agilidade e eficiência no rastreamento de objetos, que antes só podiam ser monitorados mediante fornecimento do código do mesmo, para uma grande parcela dos usuários dos serviços da estatal, não passou de uma novidade irrelevante diante de outros assuntos dignos de atenção. Assuntos como o aumento das reclamações por atrasos na entrega de encomendas e a estratégia para atender a grande e crescente demanda por serviços de logística, mesmo diante das dificuldades financeiras.
Desde o início de seu processo de modernização, em 2011 com a sanção da Lei 12.490/11, os Correios vêm ampliando sua área de atuação e adotando ferramentas modernas de gestão corporativa afim de eliminar a concorrência, garantindo agilidade e eficiência nos diversos serviços prestados pela empresa. Ao lado do avanço tecnológico em questão, caminha o constante crescimento do mercado de compras pela internet e uma infinita demanda de serviços relacionados à esta logística. E o que se sabe é que está nos planos da empresa altos investimentos estratégicos para acompanhar este mercado. No cenário atual, inclusive, a estratégia da empresa é entregar mais encomendas do que cartas. Para isso, funcionários estão sendo equipados e setores, automatizados.
Por outro lado, está claro também que os usuários dos Correios querem mais do que a automatização de sistemas de triagem e carteiros munidos de smartphones para atualizar em tempo real o trajeto da mercadoria. Os clientes demonstram preocupações maiores do que rastrear suas encomendas através do código do objeto ou pelo número do CPF. Ou do que fixar a Nota Fiscal ou a declaração de conteúdo, agora obrigatórios como em qualquer outro meio de entrega de mercadorias, no topo da caixa da encomenda. Eles querem o que a empresa entregou durante muitos anos quando as cartas eram o tipo de encomenda principal: Comprometimento com prazos e preços competitivos. Para isso, os Correios tem uma grande jornada pela frente, tendo como obstáculo principal as duras consequências da crise financeira que forçou a empresa a realizar vários programas de demissão de funcionários diante de uma demanda crescente de serviços, além da sobrecarga nas áreas de triagem.